quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Quando eu era criança...




Quando eu era criança, em minha casa havia uma pequena goiabeira. Não me lembro de alguém tê-la plantado ali, em um pedacinho de chão agarrada ao muro que separava nosso quintal do quintal do vizinho, mas lá estava ela!
Aguardávamos com grande expectativa o aparecimento dos frutos que, para surpresa de todos, eram extraordinários! Goiabas enormes e extremamente saborosas que saciavam nosso curioso paladar infantil. Apenas uma goiaba era suficiente para deliciar a mim e meus dois irmãos!
Ao longo de toda a estação, tínhamos de três a seis goiabas. Parece que todo o esforço se concentrava nos escassos, porém perfeitos, frutos!
Tenho conhecido muitos ministérios e nessa minha nova jornada ouço muitas coisas, relatos que me encorajam a prosseguir e notícias que jamais desejaria saber.
O fato é que no pomar de Deus existem muitas árvores, uma enorme diversidade de cores, sabores e frutos.
Algumas são árvores imponentes, majestosas, abarrotadas de frutos, mas, quando contempladas de perto, revelam muitas pragas e frutos podres. Outras, como a goiabeira da minha infância, pequenas, crescendo junto a muros de religiosidade ou indiferença, mas extraordinárias, produzindo frutos robustos e saudáveis, deliciando e alimentando a quem precisa!
Quanto mais conheço Jesus, sua doçura e simplicidade mais sinto nojo do desvirtuamento que o evangelho vem sofrendo e de pessoas que usam as boas novas para beneficio próprio e, em nome dos “frutos”, se julgam aprovados pelo Jardineiro.
É tempo de refletirmos sobre os frutos que estamos gerando e nos sujeitarmos às podas necessárias para que geremos mais frutos saudáveis de acordo com a vontade de Deus!
Não me refiro apenas à frutos de salvação e restauração de vidas, mas, principalmente, aos frutos do caráter.
Usura (lucro exacerbado), falcatruas, tráfico de influencia, abuso de autoridade, soberba, falsa modéstia, suborno, bajulação, desvio de dinheiro, hipocrisia… Estas são algumas pragas que têm apodrecido os frutos de frondosas árvores!
É tempo de acordar, Igreja!
Que o Senhor do Pomar tenha a misericórdia de podar e, se for necessário, cortar completamente aqueles que têm se levantado como escândalo.
Mas não se apresse em julgar outras árvores, comece consigo mesmo.
Texto de Helena Tannure

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Onde está o amor?




ONDE ESTÁ O AMOR? É PRECISO ACHÁ-LO!

Estou assustado, confesso. É duro ver que até pessoas que se declaram cristãs, deixam de lado a prática do amor com tamanha facilidade e com tantas desculpas. O amor não é um sentimento que o poeta transformou em poesia, apenas. O amor não é uma letra de canção embalada por uma pauta musical que emociona, apenas. O amor pode ser retratado poética e musicalmente, mas o amor é aquilo que fazemos e que tem como endereço prioritário o outro. Se doer no outro, mas não doer em mim, se aconteceu com o outro, mas não me diz respeito, justifique você sua atitude da forma que quiser, com as palavras que quiser, lamento dizer; você não ama.
Justifico minhas palavras citando o próprio Deus no que lemos em João 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Deus não deu de ombro a respeito de nossa mísera condição. Deus não olhou para o outro lado e nem passou de largo. Deus não criou discursos bonitos para justificar a indiferença. Ao olhar para seres como eu e você, Deus transformou seu olhar em um ato. Gosto muito de um cântico que cantei na década de 70 e 80. Ele dizia: “Seu maravilhoso amor, seu maravilhoso amor, transformou meu ser, todo meu viver, seu maravilhoso olhar”.
Ontem li que duas mulheres jogaram um recém-nascido na fogueira. Todos os dias nos deparamos com notícias sobre pessoas que são sequestradas e mortas. Todos os dias lemos sobre atentados terroristas. Todos os dias vemos, ou sofremos em nossa própria carne, a dor que a falta de amor produz. Todos os dias vemos pelas notícias locais e mundiais que o amor ao dinheiro animalizou e embruteceu o homem de uma tal maneira que suas ações beiram a irracionalidade.  Por que tanto amor ao latifúndio? Um túmulo representa apenas um pequeno espaço e um punhado de terra.
Onde está o amor? É preciso achá-lo com urgência, pois ele é a chave mestra que abre todas as portas. O amor é o remédio que cura todas as feridas da alma. O amor é a palavra que une e não o discurso que separa. O amor é o silencio nos lábios de quem tem o direito para falar e se cala. O amor é o olhar simpático e a atitude empática até com respeito aos nossos inimigos. Jesus disse: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. Mateus 5.44. Loucura, dirão os que insistem em não amar.
Precisamos achar o amor porque em o achando encontraremos o próprio Deus. João escreveu de uma forma estupenda: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. 

Que Deus habite realmente em nós, pois se isso for uma realidade, iremos amar à Sua semelhança. Iremos transformar nossos discursos em atos assim como fez o Bom Samaritano (Lucas 10.25-37), nossas poesias e músicas em realidades onde muros são substituídos por pontes, iremos ser verdadeiros sem nos deixar seduzir pelo legalismo, iremos imitar o próprio Deus no exercício da Sua maravilhosa e inconfundível graça. Encontre o amor e terás achado o próprio Deus.
Por MAURO SERGIO AIELLO

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Alegria quase infantil...






Alegria quase infantil… Qual foi a última vez que você sentiu-se assim?
Tenho pedido a Deus, há algum tempo, que me ensine a viver e desde que comecei a fazer esta oração tenho redescoberto pequenos prazeres!
A pós modernidade nos empurra, goela abaixo, um estilo de vida vazio e decadente onde perseguir status, posição e coisas é mais importante do que apreciar a simplicidade dos pequenos momentos e a companhia das pessoas.
Mas eu pertenço a Deus, logo, não tenho que engolir o lixo que o século me oferece.
Posso me deliciar com a chuva; assentar-me para uma refeição em família longe da televisão…
Posso deixar a casa bem limpa e cheirosa e passear descalça por ela; prestar atenção aos sabores; fazer e receber cafuné; abraçar, beijar e cheirar só pra dizer “Eu te amo” no final…
Eu posso parar pra ver o sol se por; serão apenas alguns minutos…
Eu posso me irritar sem deixar que isso envenene a minha alma e posso chorar pra mandar embora todas as dores que eu não quero dentro de mim; posso visitar quem amo e ter a alegria de dividir um pedaço de pão com manteiga ou, quem sabe, um bolo caseiro que perfuma a casa inteira…
Eu posso ouvir as pessoas, desligar o automático e sorver a vida, vida abundante que Jesus conquistou pra mim!
Eu não preciso de mais nada a não ser aprender com o Apóstolo Paulo a me contentar com o que tenho, afinal, posso todas as coisas Naquele que me fortalece!
Quer uma sugestão? Tire os sapatos, afrouxe a gravata, sinta o cheiro da vida, desligue o automático, você não é um robô, não espere dias secos para se lembrar que a chuva é importante, deixe o amor de Deus hidratar você e te ensinar a viver!

Aproveite o dia, meninada!
Helena Tannure