sexta-feira, 18 de março de 2011

Amores Impossíveis.


Ouví uma música que fala de amores impossíveis e resolvi escrever sobre esse tema. A música de Betania é: "Um pequeno grão de areia era um eterno sonhador. Olhando o céu viu uma estrela imaginou coisas do amor, passaram anos, muitos anos... ela no céu, ele no mar dizem que nunca o pobrezinho pode com ela se encontrar. Se houve ou se não houve alguma coisa entre eles dois ninguém sabe até hoje afirmar. O certo é que depois, muito depois apareceu a estrela do mar. Lindo essa canção para os apaixonados. Lembrei de uma tarde lá na terra dos poetas em que nós , ( eu, Rochana, Dalvinha, Mirna, Dalva. e outras mulheres, quase abrimos um forum sobre esse tema e quero trazer para vocês, esse universo misterioso dos amores impossíveis. Mas primeiro me respondam, o que é o amor? Para mim o amor é indizível não há como defini-lo. Alguém certa vez falou que desistiu de explicar com palavras porque definitivamente emudece, pelo prazer de sentir... E acrescentou: "Sofro, choro, ardo, queimo, mas me sinto viva se de amor eu morrer. As paixões humanas são misteriosas, como diz Michel Ende: " As pessoas que as experimentam não sabem explicar e os que nunca viveram não podem compreender" Alguém certamente já viveu um amor impossível, desses de novela, mas sem final feliz porque se perderam nos desencontros da vida. É por isso que eu digo que amores impossíveis são amores desencontrados, não houve oportunidade de se eternizar. Será que foi a razão? Ou os caminhos se bifurcaram em veredas desconhecidas? Vou tentando por aqui compreender o universo de amores que não se vive ou se vive apaixonadamente, enlouquecidamente, clandestinamente. Mirna certa vez escreveu um texto sobre a história do seu amor impossível. " Era uma vida sem cor, que debruçava-se sobre uma janela sombria e ficava observando o viver dos que iam e vinham no caminho. Cada dia, surgia algo novo na rotina da janela, um olhar, um gesto, uma estampa. Nada era igual, a não ser sua vida na janela. As lágrimas comoviam os transeuntes que não entediam o que acontecia à vida da janela. As tintas desbotavam, as cores vivas, as flores, nada vivia ali. E a vida se fragilizava, nas sombras do entardecer, ia se delindo na dor, essência da saudade de um amor perdido, não vivido, sonhado, adormecido. Não houve possibilidades, o sonho não era possível. E a vida vivia na vida dos que iam e vinham no caminho da janela. Ela esperava! Só havia o silêncio de palavras não ditas. O coração acelerado. Ansiedade... Os passos esperados, não olhou a vida na janela, passou apressado. E ainda hoje a vida continua olhando, esperando, haverá possibilidades? E os que passam na sombra da janela não percebem o olhar vazio, com a vida morrendo nas retinas , embaçadas de dor do amor que nunca viveu." Para Mel com Terra.

3 comentários:

  1. "Sonharás uns amores de romance, quase impossíveis. Digo-lhe que faz mal, que é melhor contentar-se com a realidade; se ela não é brilhante como os sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir."(Machado de Assis)

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  2. Que texto liiiindo Lu!
    *-*

    Ah, me desculpa a demora para responder, mas muito obrigada por fazer parte do -Das Coisas Que Eu Sei! *-*
    estou ficandinho por aqui também!
    hehe (:

    beeeijos!
    tenha um ótimo final de semana!

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  3. Decreto Nº 8: Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre nãp poder dar-se amor a quem se ama. Thiago de Mello

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