segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Estava lembrando de uma música antiga que diz assim: " Todo fim de tarde é sempre assim uma saudade vai nascendo em mim..." não consigo lembrar os versos seguintes. Não consigo escrever nada com clareza nesse inverno em que se encontra minha alma. Penso naquela tarde que passou em busca da noite e voltou sozinha e que agora está, aqui entrando neste quarto onde sopra um vento gelado e que traz um ar de mistério que eu não consigo explicar e que mudou toda a roupagem dessa tarde, de uma intensa claridade para uma cor indefinida sombreada de tristeza, algo inacabado... como quando o pintor larga as tintas e mergulha na quietude do seu interior. Agora tudo parou... até o vento... Onde? Para onde tudo se foi? A tarde? A beleza? Tudo? De uma maneira absurda, confusa engolfou-se para o meu interior que agora não para de sofrer. Porque nesta tarde esperava encantar e cantar nas calçadas das grandes cidades uns versos perdidos, encontrados e cantados em outras tardes.

Um comentário:

  1. ...E eu já nem sei mais por que
    Te amei
    Perdi você
    Não tente entender
    Ainda te amo
    Perdi você
    Sem razão
    Sem querer.

    Nem o tempo fez eu te esquecer...
    Pra que chorar se você não vem.
    Recordações...Viver revivendo o que não podemos eternizar.

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