quinta-feira, 22 de novembro de 2012

As palavras...



Tentei desatar alguns nós que prendem algumas gavetas... Gavetas da alma, caixas, onde a gente guarda coisas, preciosas ou fúteis, mas que não se quer perder. Comecei devagarinho e algumas palavrinhas foram saindo, tímidas, outras esfuziantes. Dada a urgência dos meus medos, puxei a gaveta e lá vinham elas em avalanche, feito pérolas em colar que se desprende. Fui escarafunchando e cansada de buscar a palavra certa, quase desisti de organizar as bagunças que encontrei. Queria arrumar as gavetas que se escancaram ao olhar curioso dos que passam deixar tudo colorido tirar o sombreado, delir a tristeza e verbalizar o sonhar. Partir e voltar.

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