Tentei desatar alguns nós que prendem algumas gavetas...
Gavetas da alma, caixas, onde a gente guarda coisas, preciosas ou fúteis, mas
que não se quer perder. Comecei devagarinho e algumas palavrinhas foram saindo,
tímidas, outras esfuziantes. Dada a urgência dos meus medos, puxei a gaveta e
lá vinham elas em avalanche, feito pérolas em colar que se desprende. Fui
escarafunchando e cansada de buscar a palavra certa, quase desisti de organizar
as bagunças que encontrei. Queria arrumar as gavetas que se escancaram ao olhar
curioso dos que passam deixar tudo colorido tirar o sombreado, delir a tristeza
e verbalizar o sonhar. Partir e voltar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário