Quando eu era criança, em minha casa havia uma pequena
goiabeira. Não me lembro de alguém tê-la plantado ali, em um pedacinho de chão
agarrada ao muro que separava nosso quintal do quintal do vizinho, mas lá
estava ela!
Aguardávamos com grande expectativa o aparecimento dos
frutos que, para surpresa de todos, eram extraordinários! Goiabas enormes e
extremamente saborosas que saciavam nosso curioso paladar infantil. Apenas uma
goiaba era suficiente para deliciar a mim e meus dois irmãos!
Ao longo de toda a estação, tínhamos de três a seis goiabas.
Parece que todo o esforço se concentrava nos escassos, porém perfeitos, frutos!
Tenho conhecido muitos ministérios e nessa minha nova
jornada ouço muitas coisas, relatos que me encorajam a prosseguir e notícias
que jamais desejaria saber.
O fato é que no pomar de Deus existem muitas árvores, uma
enorme diversidade de cores, sabores e frutos.
Algumas são árvores imponentes, majestosas, abarrotadas de
frutos, mas, quando contempladas de perto, revelam muitas pragas e frutos
podres. Outras, como a goiabeira da minha infância, pequenas, crescendo junto a
muros de religiosidade ou indiferença, mas extraordinárias, produzindo frutos
robustos e saudáveis, deliciando e alimentando a quem precisa!
Quanto mais conheço Jesus, sua doçura e simplicidade mais
sinto nojo do desvirtuamento que o evangelho vem sofrendo e de pessoas que usam
as boas novas para beneficio próprio e, em nome dos “frutos”, se julgam
aprovados pelo Jardineiro.
É tempo de refletirmos sobre os frutos que estamos gerando e
nos sujeitarmos às podas necessárias para que geremos mais frutos saudáveis de
acordo com a vontade de Deus!
Não me refiro apenas à frutos de salvação e restauração de
vidas, mas, principalmente, aos frutos do caráter.
Usura (lucro exacerbado), falcatruas, tráfico de influencia,
abuso de autoridade, soberba, falsa modéstia, suborno, bajulação, desvio de
dinheiro, hipocrisia… Estas são algumas pragas que têm apodrecido os frutos de
frondosas árvores!
É tempo de acordar, Igreja!
Que o Senhor do Pomar tenha a misericórdia de podar e, se
for necessário, cortar completamente aqueles que têm se levantado como
escândalo.
Mas não se apresse em julgar outras árvores, comece consigo
mesmo.
Texto de Helena Tannure
Texto de Helena Tannure
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