segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


Ler é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, e agora tenho tido um tempo maior para me dedicar a esse prazer. Comecei dois essa semana. Tem um que está sempre sendo adiado é o, 1808 de Laurentino Gomes. Estou com o Terra Virgem pela metade e iniciando um que chegou em minhas mãos de forma inesperada pelo correio. É sobre a história de um brasileiro que eu admiro muitíssimo pela sua coragem e sua luta pela vida. É a minha indicação de leitura para vocês nesta semana que se inicia. Que tal começar o mês de março lendo esse livro e tendo como o lema da semana a palavra DETERMINAÇÃO? É essa palavra que eu defino esse brasileiro lutador e guerreiro. José Alencar , nosso ex-vice Presidente da República. Quem puder, leia esse livro. Recomendo.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Rejeição


Algumas vezes gosto de dar asas a minha imaginação, pensar em voz alta... E é isso que vou fazer aqui, dar asas a minha imaginação e tentar chegar perto de um homem que foi tocado por jesus. No livro de Mateus lemos a história de um homem que era leproso: " E descendo Ele do monte, seguiu-o uma multidão. E eis que veio um leproso e o adorou-o dizendo: Senhor, se quiseres podes tornar-me limpo. E Jesus, estendendo a mão tocou-o,e disse: - Quero. Sê limpo. ( mateus: 8.1-4 ). Lendo este trecho, ontem a noite, fui deitar pensando no alto grau de rejeição que sofriam os leprosos. Imagino a história desse homem, assim como a de muitas pessoas na sociedade moderna. E algumas estão ao nosso lado e nem nos damos conta da sua dor.Fiquei imaginando como era ser um leproso na época do Novo Testamento, quando a lepra era considerada a mais terrível doença. Uma pessoa leprosa era separada do convívio dos seus entes queridos, era rejeitada pelas pessoas que conheceram e evitada pelos que não conheciam. Imagina você,uma pessoa que antes participava de todos os eventos na Sinagoga, das festas em família, do convivio carinhoso com sua esposa, está agora isolado, separado, rejeitado, sem um toque, um carinho, um abraço. Sentindo um desejo ardente de ser tocado, amado e aceito. Como era difícil a situação desse homem. Quem vive só, sente a necessidade de ser tocado, sente o desejo de receber um abraço, um carinho. Ví um documentário sobre o isolamento de pessoas com problemas mentais e senti o tamanho da solidão daquelas mulheres que foram mães, amantes, filhas, esposas, lindas e jovens; que já haviam participado do jogo da vida e agora estão separadas, rejeitadas pela sociedade, por seus filhos e que queriam, sonhavam e ansiavam por um toque, por ouvir a voz amada e familiar. Duas delas pareciam tão normais ou será que os doentes somos nós? E elas diziam que o que elas mais desejavam era ver os filhos, ansiavam ardentemente por uma visita, um abraço, um sorriso. Às vezes o que precisam é de apenas um tapinha nos ombros e uma palavra carinhosa. Aquele leproso, assim como aquelas mulheres, foi privado de coisas comuns como um aperto de mão. Nos dias atuais não existem mais os temíveis leprosários, mas existem os reformatórios e os abrigos, para onde são levados os que são rejeitados pela família e pela sociedade, que não lhes permitem caminhar livremente, assim como não eram permitido aos leprosos. Rejeição: ato ou efeito de rejeitar. Rejeitar:1. lançar fora; refugar. 2. lançar de si; repelir; repudiar. Quem não já foi um dia rejeitado por um amigo, professor, pelos pais, irmãos, por um amor? Quem não já se sentiu no chão abandonado e só? Quem de nós já não ansiou por um toque, um abraço que ficou no vazio,ansiando ouvir os passos do amado em uma noite chuvosa e ele simplesmente não aparece? Imagino aqueles que perderam seu grande amor para a morte, os divorciados, os que foram traidos trocados por outros e estão sentindo-se perdidos num alto grau de solidão. Os que estão magoados, os que foram violentados e não tiveram aonde chorar e agora desejam ser tocados, amados, aceitos, restaurados, abençoados, curados. " Por ventura não há unguento em Gileade? Ou não há lá médico? Quem sabe, alguém só precise desse balsámo. Não quero aqui minimizar a dor ou o tamanho do vazio que sentem aqueles que são rejeitados. Eu também já me senti rejeitada por pessoas que eu admirava, já fiquei invisível quando o que eu mais queria era ser reconhecida, valorizada. De tudo isto resta uma só coisa: "A alegria do Senhor é a nossa força".

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Eu e Marcella


Eu e Marcella
brincamos, falamos
na linguagem dela.
Ela brinca calada
eu penso, escrevo e
olho pra ela.
Ela ergue a cabeça, sorri...
Levanta-se e sai a procura de brinquedos
Só Eu e Marcella...
Parceiras, amigas de brincadeiras.
ela volta, reclama, me chama - eu pisco
um olho pra ela.
Marcella, Marcella...
Encantas a mim
com olhar de ternura - só Eu e Marcella
Quinta do Farol/março de 1993

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


" Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome

de ano, foi um indivíduo genial, industrializou a esperança, fazendo-a

funcionar no limite da exaustão.

doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez,

com outro número e outra vontade de acreditar,

que daqui por diante vai ser diferente"

Carlos Drumond de Andrade

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011



Fui caminhar com joelma e o assunto foi leitura. Duas professoras de História só podiam falar de alunos, leitura e/ou falta de leitura. Falávamos sobre a leitura prazeirosa de um bom livro. E eu comecei a falar de um livro que li em 2009 -O Fruto do Ventre - E resumi para ela a história e que eu agora quero deixar para vocês, leitores desse blog, o desejo de pegar um livro e viajar. Quando eu estava na sala de aula gostava de levar os livros que eu estava lendo para incitar em meus alunos o desejo de ler. Um dia a turma toda queria ler o Mundo de Sofia e eu fiquei orgulhosa de poder despertar esse desejo pela leitura em meus alunos. O Fruto do Ventre mistura religião, ciência, história, perseguição, assassinatos e segredos não revelados. " Um ambicioso padre tem um plano mirabolante para salvar o destino da igreja católica: clonar Jesus Cristo apartir de núcleos intracelulares extraidos do Santo Sudário. Por motivos óbvios, a empreitada precisa ser feita sob sigilo absoluto. Nem mesmo dentro da Igreja a experiência é conhecida. Estamos no fim dos anos de 1960, a genética ainda engatinha e qualquer tentativa de se criar uma vida, ainda mais nos corredores do vaticano, é vista com extrema estranheza. Dois cientistas geneticistas são contratados e isolados num convento reformado em laboratório de ponta. O plano é intrincado. Tudo precisa ser feito de acordo com o que é relatado na bíblia. A mãe do menino tem que ser bela e pura como Maria, e é preciso que seja feita uma anunciação. Religião e ciência caminham de mãos dadas na experiência. Mas como conseguir um pedaço do santo pano para dar prosseguimento a experiência? E será que o bebê gerado será mesmo a encarnação de Jesus? E como vai agir o fruto deste ventre; será que terá a onisciência e sabedoria do filho de Deus como narra a bíblia; seguirá o mesmo caminho de Jesus Cristo ou usará o seu poder de forma diferente? As perguntas se acumulam na cabeça de todos os envolvidos no plano: Os padres Maronese Corday e Ramirez, a cientista Marianna e o padre-cientista Magaldi. Influir nas decisões do clone de Jesus pode significar um imenso poder. Mas nem todos estão interessados nesse retorno. Uma secreta fraternidade está mais preocupada em controlar os desígnios da Igreja, ter a posse do Santo Sudário e eliminar qualquer um que tente interpor seu caminho. O escritor costura o romance com uma habilidade de cirurgião, dando saltos no tempo, voltando ao sec.XV, avançando ao ínicio do sec.XXI, indo do Vaticano ao Rio de Janeiro, da Suiça até Garapari, da Milão de Leonardo da Vinci até S. Paulo de Igrejas evangélicas."

Bonecas de pano







Estava lendo um conto de Monteiro Lobato, eu considero um clássico da literatura - Negrinha. Enquanto lia, sentia-me absorvida em devaneios. "(...) Era de êxtase o olhar de Negrinha. Nunca vira uma boneca e nem sequer sabia o nome desse brinquedo. Mas compreendeu que era uma criança artificial. - É feita?... - perguntou extasiada. E dominada pelo enlevo, num momento em que a senhora saiu da sala a providenciar sobre a arrumação das meninas, Negrinha esqueceu o beliscão, o ovo quente, tudo, e aproximou-se da criaturinha de louça. Olhou com assombrado encanto, sem jeito, sem ânimo de pegá-la. As meninas admiraram-se daquilo. -Nunca viu boneca? - Boneca? - repetiu Negrinha. - Chama-se boneca?(...)" Este conto que encanta nossas mentes. Lí. Já perdi as contas das vezes, e sempre choro com a ternura e fragilidade de Negrinha. Dessa vez, enquanto lia, fui lembrando de uma boneca de pano que eu ganhei de tia Alice, fui dar uma olhada no blog da Daluzinha e ela postou sobre a paixão que despertava em sua mãe às bonecas de pano. Seria um sinal? Conversei com Joelma e a idéia foi surgindo da lembrança da boneca de pano. Fui me perdendo em um labirinto de bonecas. Eram magrinhas, cheinhas... recheadas de lã, de emoção, de amor em profusão dos dedos rebuscados das nossas avós, tias e madrinhas. Bonecas coloridas, cinzas, tristes, sorridentes, olhos de conta, de linha com estrelinhas, vestido de chita ou cetim, lábios de carmim. Não era uma Barbie mas nos encantava. Cabelos pretinhos, de trancinha parecendo que Negrinha se materializou em boneca de pano. Quem seriam suas donas? Meninas felizes ou infelizes? Carentes? Doentes? Sem dentes? A boneca Emília de tia Anastácia, boneca falante, andante, picante em suas tiradas. Boneca de pano! Ela fala? E a minha boneca? Magrinha chamada Tereza. Era o nome de uma prima lá de Fortaleza, vestido de chita de bolinhas, feita com a mão do amor de minha tia. Minha boneca de pano era encantada, ela tinha coração, - o meu coração. Seus olhos eram duas estrelinhas e suas bochechas rosadas, tinha um rosto estático e sem brilho, seu olhar era triste, talvez como eu. Tinha duas tranças pretas de uma estranheza perfeita, como os olhos tristes de Negrinha que foi seduzida por uma boneca de louça. P.S. Eu ainda guardo, até hoje, um boneco de louça. Presente que ganhei de madrinha Vilaneide quando completei 5 anos. Eu queria ainda hoje encontrar em algum baú a minha boneca de pano.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


Carlos Drumond de Andrade
Enleio
Que é que vou dizer a você?
Não estudei ainda o código do amor.
Inventar não posso.
Falar, não sei.
Balbuciar, não ouso.
Fico de olhos baixos
espiando, no chão, a formiga.
Você sentada na cadeira de palhinha.
Se ao menos você ficasse aí nessa posição
Perfeitamente imóvel, como está,
uns quinze anos ( só isso)
Então eu diria:
Eu te amo.
Por enquanto sou apenas o menino
diante da mulher que não percebe nada.
Será que você não entende?
(Esquecer para lembrar - Boitempo III)





domingo, 20 de fevereiro de 2011

Doce saudade do medo.


Retroagi ao tempo de minha infância, e comecei a fazer uma relação das minhas saudades. Está uma noite preguiçosa, uma chuvinha que começou fazendo pequenos barulhos no telhado, e que agora já dá prenúncio de que vai ficar forte e sem hora para parar. Como o sono não chega,eu sento no chão e vou revirar as gavetas. Buscar sem pressa a relação das minhas saudades. Uma saudade puxa a outra e assim vou noite afora lembrando de várias, mas principalmente uma: Saudade do medo. Como eram gostosos os medos antigos. Quando a gente fechava os olhos e passava correndo no corredor comprido da casa de vó, e só abria quando chegava na cozinha; quando estava escurecendo e não tinhamos coragem de olhar dentro do quarto de tia Augusta e vê-la ajoelhada rezando à luz de velas, as suas novenas em frente ao oratório. A gente tinha medo que é até difícil lembrar... Medo de estragar os sapatos chutando pedras e latas, medo de sujar a roupa nova que era feita para vestir na festa de setembro. Medo da bateria de bombas que passava ao lado da casa de vó. Medo terrível das Zaninhas, Chico Dalina, e os medeiros nos pegar, mas assim mesmo o medo era menor que a sedução das pinhas, dos cajás, cajus, e mangas que seduziam nossos olhos, como se o gosto da fruta entrasse pelo olhar. Medo do olhar severo de papai. Da chuva com vento, trovão e relâmpago, que até hoje assombra a minha irmã. Nessas horas de chuva forte com ventania, papai fazia uma cruz com os ramos bentos por Padre Aíres e jogava na enxurrada. Medo de ladrão que destelhava a casa mesmo que só tivesse para roubar feijão, arroz e uma lata de goiabada. Medo dos jagunços que apareciam pelo sitio e chegava a noitinha quando não se esperava e ficava por lá uns dias.. Medo da palmatória na hora do argumento da tabuada. Medo de falar na hora da missa e mesmo assim catucava a amiga para mostrar que o menino mais bonito nos olhava. Medo enorme de olhar nos olhos de nossa mãe e ela descobrir que estavamos apaixonadas. Medo de acordar papai ou tio Rafael quando íamos para casa de vó. Nesses momentos não falavamos, apenas sussurrar era permitido. Doce saudades desses medos de infância. Vou fechar o baú das lembranças e afugentar o medo de continuar escrevendo, nesta manha que começa ou será a noite que termina e o sono não chega?

livros


Voltei a minha melhor fase: Ler, ler, ler. O segundo livro em 15 dias. Agora foi da escritora de romance histórico, Philippa Gregory. A herança de Ana Bolena.Três mulheres e um só prêmio: Pertencer à corte de Henrique VIII, um dos soberanos mais populares de todos os tempos. Recomendo. Tenho esse livro já algum tempo, mas começava e não terminava. Nesses dias em que estou inquieta ele tornou-se meu amigo e viajamos por caminhos e palácios encantados. Todo terror e magia da corte dos Tudor. Um Resumo da orelha do livro. " Em 1539, toda a corte dos Tudor encontra-se apreensiva. Henrique VIII está doente e envelhecido, e tem apenas um herdeiro, o pequeno Eduardo, de 3 anos de idade. O soberano inglês precisa de uma nova consorte. No entanto, as três mulheres que frequentavam o leito real sofreram ao lado do poderoso monarca. Interessado em estreitar as relações com a Alemanha - e por extensão alijar a França e Espanha do tabuleiro político -, Henrique VIII negocia um novo casamento, com Ana de Cleves, a qual conhece apenas por uma tela do pintor Hans Holbein. Escolhida para ostentar a coroa inglesa, a jovem consorte pressente que a corte mais se parece com uma armadilha prestes a se fechar a seu redor. Enquanto isso, Catarina Howard, dama de companhia de Ana de Cleves, tem a consciência de que sua beleza é notada por todos os homens - e está disposta a seguir os passos da prima Ana Bolena e ocupar o lugar ao lado do rei. Porém, se há uma mulher que deseje o poder a qualquer custo, esta é Jane Bolena. Seu passado tem o gosto amargo de deslealdade e morte. Viúva do irmão de Ana Bolena, viu marido e cunhada serem executados por traição. Agora, ela tem um único objetivo na vida: manipular o destino da nova rainha e ser, dos bastidores, a mulher mais poderosa da Inglaterra." Leiam. já estou começando o próximo. Terra Virgem. Da mesma autora.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Aos pés da cruz


" E mesmo quando eu chorar e as minhas lágrimas serão para regar a minha fé e consolar meu coração..." Kleber Lucas.

" E o meu Deus enxugará dos meus olhos toda a lágrima".

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

sonhos


Estava assistindo um quadro no programa de Luciano Huck, "Olha a minha banda" reprisado pelo canal viva e então me dei conta da dimensão do que é lutar para realizar sonhos. Imaginar aquele rapaz, percorrer numa bike todo o percurso do sertão do Ceará, até o Rio de Janeiro, e de lá para S. Paulo para que o sonho daqueles meninos nordestinos fosse realizado foi como se algo inundasse a minha alma para que eu possa continuar acreditando. Lembrei de um texto que eu lí no encerramento da semana pedagógica de 2009 do escritor e jornalista Públio José. Qual o lugar mais rico da Terra?

E ele começa narrando o seu texto: "Certa Vez um palestrante impactou um auditório ao fazer essa pergunta: Qual o lugar mais rico da terra? Todos ficaram sem saber o que dizer, sem uma resposta imediata. Lugar rico? Que lugar é esse? A onde esse palestrante quer chegar? As respostas foram as mais diversas possíveis: "O FMI", "O Banco Mundial!!!" e assim foram enumerando vários lugares. Balbúrdia grande no recinto. Impassível, senhor absoluto do momento, o palestrante aguardava. Como segundo ele, ninguém respondeu acertadamente, decidiu quebrar o mistério: "O lugar mais rico da terra é o cemitério!". Silêncio sepulcral. A resposta era por demais inesperada.

O tema da palestra girava em torno da necessidade de você sair da rotina - e realizar. Quebrar preconceitos, omissões, timidez... Mas porque é o cemitério especificamente esse lugar? A resposta é simples. Quantas pessoas ao longo da vida, acalentaram projetos, sonhos, ambições, sem que tenham conseguido realizá-los. Muitas delas chegaram diante da morte sem sentir o gosto da vitória do que tanto sonharam. Sem lutar pela concretização do que tanto almejam, tornam o cemitério o lugar mais rico de projetos e sonhos inacabados. Em todos os lugares do planeta existe sempre alguém que diz: "ah... eu tenho um sonho..., ah...eu gostaria de fazer....."; são tantos os sonhos e ao mesmo tempo, tão pouca a disposição de fazer, realizar... e assim o cemitério termina cheio de propostas maravilhosas que nunca sairam do campo dos sonhos. A questão em si não é a pessoa sonhar e não realizar o sonho. O problema deve ser visto por outro ângulo: quantas pessoas deixaram de ser beneficiadas por sonhos arquivados, irrealizados? " Os que crêem sabem que os sonhos são designios de Deus em nossas vidas. Tem um hino que diz: "Não desista não pare de crer,os sonhos de Deus jamais vão morrer. Não desista não pare de lutar..." Tenho um sonho: Escrever um livro. Até já pensei no enredo, um romance que acontece na era vitoriana. Será que vou conseguir realizar? Precisamos sair do campo dos sonhos e vir para a realidade. E você? agora neste exato momento qual o sonho que te arrebata? Essa é a pergunta que o autor do texto faz para nós. "Há uma tendência do seu sonho ir, junto com você para o cemitério." Você vai deixar?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dia Cinza


Está uma chuvinha mansa lá fora. Lavando os telhados e as minhas plantinhas agradecem esse balsámo que cai. Fico perambulando pela casa à procura de coisas para fazer. Estou inquieta neste domingo cinzento com a casa vasia. Pego o controle e passeio nos canais sem encontrar nada que prenda a minha atenção. Estavam reprisando o filme "Cidade dos Anjos" e eu parei mais uma vez para assistir. Sinto uma sensação estranha de algo inacabado... e vou procurando outros canais. No viva está passando Luciano Huck que ví ontem e não gostei. O BBB 11 está pior ainda, não consigo assistir. Não entendi ainda porque ele não saiu do meu pacote já que não efetuei a compra, entrou como degustação e ficou. Uma porcaria esse BBB11. Terminei de ler o livro de Ingrid Betancourt pela madrugada. Foram 08 dias de uma leitura cheia de paradas obrigatórias em que eu ficava olhando para o livro e ele para mim sem que pudessemos nos separar. Até sonhei com os meus livros que se perderam nos emprestímos.Todos os livros de David Wilkerson pricipalmente o best seller "Foge Nick foge" e tantos outros que perdi e hoje nem existe mais para vender. Queria tanto que quem pegou me devolvesse. O pior é que nem lembro quem ficou. Sei que em Montanhas, Assu, FP, em Cabedelo eu sei. Continuo olhando a chuva que cai fininha, intermitente deixando um friozinho aconchegante um silêncio na rua, aqui em casa...E uma saudade da casa cheia, dos meus filhotes que voaram...Vou ver o que está acontecendo na TV.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


Quero deixar registrado a leitura de um livro imperdível. Tenho passado um tempo com ele nas minhas noites insones. " A lua se deslocava entre a folhagem cerrada: estava sempre atrasada, sempre caprichosa e imprevisível. Forçava-me a repensar cuidadosamente tudo o que imaginava saber a seu respeito sem jamais verdadeiramente compreender: a dança da lua em volta da Terra, suas diferentes fases e seu poder. ausente, ela me intrigava ainda mais" Ingrid Betancourt" pag.115.

Recebi por indicação de Samuel Dias, proprietário do blog "Celeiro do Sam" o meu primeiro prêmio entre os blogueiros. O selo de qualidade. Vou repassar este selo para 03 blogueiros apenas.Blog da Daluzinha; blog do Jufran; Krol a estranha. Se eu pudesse me definir em dez palavras eu diria que sou:

01 - Passional
02 - Um tantinho misteriosa
03 - Apaixonada por Jesus
04 - Leitora compulsiva
05 - Admiradora das grandes inteligências
06 - Tenho fobia de multidões
07 - Sonho em fundar uma ONG
08 - Ainda vou embora pra Pasárgada (risos)
09 - Sou uma avó super coruja
10 - Preciso me (re) inventar

Agradeço a você meu querido Samuel, esta indicação.
E pode acreditar que breve vou te conhecer.

domingo, 6 de fevereiro de 2011


"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: Pensando que somando as compreensões, eu amava. Não sabia que somando as incompreensões, eu amava. Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Por que eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil" Clarice Lispector.

"Ainda que distribuisse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria." I Co.13:03

Metade


"Faça uma lista dos sonhos que tinha...

quantos você desistiu de sonhar?

quantos amores jurados pra sempre...

quantos você conseguiu preservar?

Onde você ainda se reconhece, na foto passada ou no espelho de agora?

Quantas mentiras você condenou, quantas você teve que cometer?

Por que metade de mim é o que eu grito, a outra metade é silêncio

por que metade de mim é partida a outra metade é saudade

Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso que me lembro ter dado na infância

Por que metade de mim é lembrança do que fui, a outra metade não sei...

Que a minha loucura seja perdoada

Por que metade de mim é amor e a outra metade também..."

Osvaldo Montenegro